Arranque fantastico de Pedro Miguel, mais conhecido por Totas. O avançado de 28 anos, atua no Sandinenses, equipa que, está no campeonato de Portugal, serie A. O avançado leva 9 golos em 13 jogos.
Pedro Miguel… de onde vem o Totas?
Desde muito novo que me chamam Totas. Quando eu era criança as pessoas mais chegadas a mim chamavam-me Pedrocas e a ligação vem daí. Foi através de um primo com quem tinha uma convivência praticamente diária, e que tendo sensivelmente a mesma idade que eu, trovava o Pedrocas pelo Totas. Ainda hoje sou mais conhecido por Totas do que por Pedro, porque até fora do contexto futebolístico me conhecem assim.
A tua melhor época nos Nacionais. 9 golos e estamos apenas em Dezembro. Qual tem sido o segredo?
Tem sido uma época bastante positiva quer ao nível individual como coletivo. A verdade é que sempre tive uma boa relação com o golo, quem me conhece sabe que fazer golos é o que me motiva e é algo que eu procuro sempre! Não creio que haja uma fórmula que explique isso, é algo intrínseco. Foco-me nos números, procuro aumenta-los porque sei que tendo esta atitude estou inclusive a ajudar a minha equipa e os meus colegas naqueles que são os objetivos coletivos.
Da nos a ideias de Os Sandinenses ser um clube “familiar” e realista. É mesmo assim?
Os Sandinenses tem sido uma agradável surpresa para mim. Creio que em toda a minha carreira defrontei Os Sandinenses no máximo duas vezes, então tinha pouco conhecimento de causa do clube. Desde o primeiro dia que fui reunir com a direção, em que me apresentaram as instalações e me transpareceram a realidade do clube, que fiquei impressionado. As instalações, apesar de não serem novas e modernas, têm aquilo que é o mínimo e essencial para o bem estar dos atletas. Desde ginásio, sauna, banheira para gelo, balneários bons, relvado natural e dois sintéticos. Além disso, apostam imenso na formação!
Estas virtudes, aliadas há grande proximidade que existem entre as partes (adeptos, plantel senior, formação e direção) faz com que se intitule como um clube “familiar” e ao mesmo tempo realista no projeto e objetivos a que se propõe.
3 subidas nos últimos 4 anos. Qual tem sido o segredo?
A subida é o tipo de projeto que mais me alicia. Procuro sempre esse tipo de objetivos porque sei que me vai valorizar individualmente.
Nos casos em concreto, tanto em Pevidém como no Dumiense, a qualidade e o espírito do grupo foram sem duvida os aspetos decisivos. Ainda hoje, continuo a privar com jogadores que fizeram parte desses planteis, o que demonstra claramente que foi criada uma relação fortíssima nessas épocas e que ainda hoje tentamos preservar. O sucesso dentro do campo está diretamente relacionado com a ligação que existe entre os jogadores fora dele. Eu acredito muito nisso.
Passaste recentemente pela Liga3, CP e Pro Nacional de Braga. Quais as diferenças?
As diferenças mais significativas estão essencialmente no ritmo de jogo e na rapidez com que se executa. Todas as outras vertentes têm naturalmente o seu peso, mas acima de tudo o aspecto físico é o mais relevante. Normalmente as equipas profissionais preparam melhor os seus atletas comparativamente às equipas amadoras. O tempo de descanso, e as horas de treino são fundamentais em qualquer desporto então acho é por aí. A qualidade dos jogadores, a qualidade dos terrenos de jogo, a visibilidade, etc. são também fatores diferentes de patamar para patamar mas não posso dizer que a competitividade diminui. Os campeonatos têm sido bastante disputados e equilibrados entre si independentemente da divisão.
Qual o objetivo de golos para a época e aos 28 anos, com uma década de golos ainda pela frente, onde queres chegar?
Não criei nenhuma meta de golos em específico. Vou continuar a procurar marcar em todos os jogos porque é isso que esperam de mim.
Honestamente, espero que Os Sandinenses cumpram os objetivos do clube que passa pela manutenção no Campeonato de Portugal, em ano de estreia. Esse é claramente o objetivo primordial.
Depois, e em particular, irei continuar a trabalhar para que termine a época no topo da lista de melhores marcador da Serie A. É algo que considero difícil, mas possível se continuar com este registo.
