Setembro 19, 2024

A CIDADE ESTÁ DESEJOSA DE TER O ELVAS NOUTRO NÍVEL “Pedro Hipólito

Pedro Hipolitovoltou a Portugal no inicio de outubro e ainda não perdeu. Fomos conhecer melhor o treinador do Elvas.

Já fez 11 jogos e ainda não perdeu. Esperava este registo?

Para ser sincero, nem penso nisso. O campeonato está tão difícil e competitivo que não podemos facilitar em nada. Temos muito mérito na forma como temos pontuado jogo após jogo, mas faltam 27 pontos para disputar e temos que continuar a trabalhar no duro para atingirmos os nossos objetivos.


Neste momento estão a 11 pontos da zona de acesso à Fase Subida, mas no tempo em que está à frente da equipas, são das equipas que mais pontos fez. Acredita que ainda podem chegar lá e se não, acredita que o Elvas tem capacidade para num futuro próximo sonhar com mais?

A luta pela subida não é para nós, só podemos pensar em atingir a manutenção e é o ponto de partida para o projeto que os novos investidores querem implementar no Elvas.

É um projeto com ambição de levar o clube para outro patamar nos próximos 5 anos, que está a passar primeiro pela profissionalização e criação de uma estrutura sólida de trabalho para enfrentar com sucesso as exigências e atingir os objetivos ambicionados e traçados para o futuro.

Chegou a Elvas no final de outubro. Encontrou um clube especial?

Comecei a trabalhar no Elvas a 11 de Outubro, encontrei um Clube especial, com pessoas especiais e uma Cidade que está desejosa de ter o seu Elvas noutro nível do futebol nacional como já foi no passado.

É importante que os Elvenses saibam que têm uns jogadores altamente comprometidos, que dão a vida pelo Elvas e que vão lutar por este Clube e Cidade até ao último segundo de cada jogo. Os jogadores mais do que ninguém querem dar alegrias aos nossos adeptos.

Voltando um pouco atrás: em 2017 vai treinar para a Islândia. Um destino não habitual. O que o levou a aceitar este desafio?

Foi o próprio desafio. Fui convidado para treinar o Fram Reykjavik, um dos históricos do País, o terceiro clube com mais títulos, mas que estava a passar por um período difícil.

Pediram-me para organizar o clube, fazer uma equipa para conseguir subir em 5 anos e potenciar os jogadores jovens da academia. Hoje é bom ver o Mikael Egill Ellertsson na seleção A da Islãndia que foi lançado por mim com 15 anos no Fram e vendido para Itália.

Isso motivou-me, foi conseguido e fiquei muito feliz pela subida do Fram quando eu já lá não estava e de ter recebido uma mensagem de agradecimento com a foto da Taça pelo trabalho realizado enquanto lá estive.

E a verdade é que tem passado por outras “aventuras”. Mudou clube na Islândia, passou pela Dinamarca e Malásia. Que conhecimento traz dessas paragens?

Nas diferentes experiências, adquiri conhecimento de culturas completamente diferentes tanto a nível socio cultural como profissional.

Hoje tenho uma maior capacidade de adaptação a diferentes realidades, contextos e de analisar mais corretamente o que está acontecer nos diferentes momentos e situações.

A nível profissional foi muito enriquecedor porque tive que lidar com estilos, ideias, mentalidades e perspetivas diferentes das nossas, obrigando-me a encontrar soluções para os diferentes contextos.

Voltou a Portugal a meio do percurso, para o Anadia e agora Elvas. Nos dois juntos fez 19 jogos e apenas perdeu 1 (o famoso jogo no Torreense com vários penaltis repetidos). É um treinador de sucesso. Até onde pode chegar?

Esse jogo de Torres de Vedras dava para fazer um filme.

Não sei onde posso chegar e nem é esse o meu foco. O futebol é a minha paixão e gosto muito de treinar.

Estou a adorar treinar o Elvas, os jogadores são guerreiros e fantásticos, a cidade está cada vez mais aproximar-se do clube e neste momento é o mais importante para mim. 

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