Por onde passa deixa a sua marca. Na semana em que estabeleceu o melhor registo do ano, em campeonatos nacionais de tempo se sofrer, como falar com ele.
Nona época em Portugal. Como tem sido esta viagem?
– Devido ao fato dos meus bisavós serem portugueses, desde muito novo Portugal era tema de conversa em casa. Por isso acompanhava bastante o futebol português e sempre foi um dos meus objetivos vir para cá.
Tem corrido bem, feliz e super adaptado com minha família e consolidando o trabalho a cada ano que passa.
Uma carreira com muitos pontos positivos. O que faltou até aqui para chegares a um patamar mais alto.
– Sinto que foram nuances de mercado. Tenho a consciência que sempre trabalho no máximo para corresponder e entregar resultado às equipes que represento. E ainda penso assim, dar o meu melhor a cada treino e a cada jogo.
Tens 31 anos, como guarda-redes podes jogar mais 10 anos facilmente. A ambição ainda está intacta?
– Sem dúvida. A ambição de estar entre os melhores está sempre comigo. Se não for o melhor, tenho que estar entre eles. Acaba por ser um combustível que me motiva para continuar a me dedicar e a render ao máximo seja em que clube ou em que divisão for.
Estiveste 592 minutos sem sofrer esta época. A que se deve este incrível registo?
– É uma marca nacional significativa que obviamente divido o mérito com todos os meus companheiros, e, principalmente com o Mário, o Pais e com o mister Tiago Pires, que tem feito um excelente trabalho com os guarda-redes do clube. Temos um sistema defensivo sólido que ajuda o São João de Ver a estar entre as melhores defesas do Campeonato e a conseguir bons números neste sentido.
Numa série que se previa, o São Joao de Ver e Amarante parecem ter a situação controlada. Também sentem isso?
– Sinceramente não. Cada jogo é uma luta e isso tem se comprovado jornada após jornada. É uma série muito competitiva, recheada de bons jogadores e que qualquer equipa pode vencer qualquer adversário. Estamos na reta final, sabemos que temos uma vantagem pontual mas não descansamos pois isso pode mudar de uma hora para outra. Continuamos humildes, fazendo o nosso trabalho e sempre focados em conquistar os três pontos no jogo seguinte sem pensar no futuro.
Acima de tudo, parecem um grupo muito unido. Esse é o segredo?
– É realmente um fator que tem contribuído. Esse processo de reestruturação do clube, na minha opinião, foi muito bem feito. Conseguiram unir jogadores experientes com jovens ambiciosos, uma excelente simbiose. Desde o nosso primeiro treino sentimos uma conexão boa e que fortalecemos a cada dia que passa. Independentemente da idade temos grandes homens no nosso grupo, que nos momentos de dificuldades que tivemos um ajudou o outro.
O objetivo é subir?
– Estamos extremamente focados nesta reta final. Sinceramente não pensamos nisso.
Temos seis jogos pela frente em que vamos dar a vida em cada um deles. Como disse anteriormente, é uma série extremamente forte e equilibrada e que qualquer equipa poderia terminar nos dois primeiros lugares. Vamos trabalhar muito para manter a nossa posição e por consequência ter o direito de disputar a fase de subida.
